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COLEÇÃO DE MEDALHAS
A história da aviação militar portuguesa gravada numa valiosa coleção de medalhas de prata com o prestígio e o saber da Imprensa Nacional-Casa da Moeda
No seguimento das celebrações do Centenário da Aviação Militar Portuguesa, a Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM), com o apoio da Comissão Histórico-Cultural da Força Aérea, emite uma magnífica coleção de 10 medalhas com as aeronaves mais significativas dos últimos 100 anos, ilustrando o que foi a evolução da aviação militar nacional, bem como o saber, a dedicação e o esforço daqueles que as voaram ou mantiveram, no cumprimento do Dever e da Missão ao serviço do País.
A seleção destas aeronaves foi bastante criteriosa face aos cerca de 130 modelos que, ao longo desse período, integraram a aviação militar portuguesa, levando à identificação daquelas que, em cada decénio e dentro de cada área da aviação, constituíram uma referência histórica, quer pela sua importância quer pelo papel desempenhado ao serviço.
Os artífices da INCM, em sintonia com o relevo da comemoração, produziram peças de inegável beleza dentro da melhor tradição da arte de gravar metal e que seguramente constituirão um testemunho perene de inegável valor histórico e artístico.
Esta valiosa coleção de 10 medalhas, limitada a 300 exemplares, é cunhada em prata 925 milésimas com acabamento proof, sendo cada medalha acompanhada do respetivo certificado de garantia.
Especificações técnicas
Metal |
Prata 925‰ |
Acabamento |
Proof |
Diâmetro |
36 mm |
Peso |
26,5 g |
Bordo |
Serrilhado |
Autora |
Baiba Šime |
10 décadas – 10 aeronaves:
Primórdios: Caudron G3
Os Caudron G3 foram adquiridos em França em 1916, constituindo o núcleo inicial de aviões que equiparam a Escola de Aeronáutica Militar, em Vila Nova da Rainha. Em 1920, a transferência da escola para Sintra e a aquisição de mais unidades para a frota permitiram que estes aviões se mantivessem em operação durante um longo período. Eram aviões extremamente manobráveis e como tal adequados para a instrução elementar de pilotagem. Embora em pequena escala, foram também utilizados para missões de observação e ligação.
Durante o período da I Guerra Mundial, todos os pilotos portugueses formados em escolas de pilotagem em França e na Grã-Bretanha receberam igualmente instrução neste tipo de avião.
Em 1921 foram destacados aviões para Angola, que integraram o Grupo de Esquadrilhas de Aviação de Angola.
Mais tarde e durante dois anos o Parque de Material Aeronáutico, em Alverca, construiu sob licença 50 Caudron G3 para a Aviação Militar Portuguesa.
Anos 20: Vickers Valparaíso
Os Vickers Valparaíso foram adquiridos em 1923 para a Aviação Militar, sendo utilizados na sua maioria em missões de reconhecimento e bombardeamento com base na Amadora. Quatro dos aviões possuíam um motor de maior potência sendo por isso utilizados para instrução avançada com base em Sintra, na Escola Militar de Aeronáutica.
Mais tarde, em 1933, as OGMA (Oficinas Gerais de Material Aeronáutico), em Alverca, construíram, sob licença inglesa, 13 aviões e substituíram os motores nos restantes.
Das missões operacionais, ficaram conhecidas a sua utilização contra uma revolta interna em fevereiro de 1927 e uma viagem de longo curso às Colónias, em 1928, efetuada por dois aviões. Estes descolaram da Amadora para Lourenço Marques (Moçambique), tendo os pilotos efetuado 35 escalas e voado 17 400 quilómetros, feito internacionalmente reconhecido e que lhes valeu o Troféu Clifford Harmond pela excelência do voo.
Anos 30: Hawker Osprey
Os hidroaviões Hawker Osprey foram adquiridos para equipar os avisos de 1.ª classe Afonso de Albuquerque e Bartolomeu Dias, constituindo-se como sistemas integrados na missão dos navios, conferindo-lhes capacidade operacional acrescida na recolha de informação e combate.
A grande dificuldade na execução das manobras de arrear e içar as aeronaves para bordo, em condições adversas de mar, foi a grande limitação à sua utilização operacional a partir dos navios.
Com o deflagrar da guerra sino-japonesa, em 1937, estes hidroaviões, conjuntamente com outros do mesmo tipo adquiridos para o efeito, foram enviados para Macau. Foi então reativado o Centro de Aviação Naval, a partir do qual se efetuaram missões de soberania no espaço aéreo do território português do Oriente.
Anos 40: Supermarine Spitfire
A aquisição dos aviões Supermarine Spitfire, caça que marcou indelevelmente a II Guerra Mundial, estava a ser negociada pelo Governo Português desde 1938, contudo, só em 1942 chegaram os primeiros aviões. A partir desse ano foi possível à Aviação Militar executar missões de defesa do espaço aéreo nacional.
Várias aquisições de Spitfire foram efetuadas ao longo dos anos, tendo atingido esta frota mais de centena e meia de aeronaves, que foram atribuídas a várias Bases Aéreas do norte e centro do território português.
As esquadrilhas então formadas atingiram graus de proficiência elevada, quer pelo treino intensivo quer pelo emprego operacional em inúmeros exercícios em que sistematicamente participavam.
Anos 50: F-86 Sabre
A chegada dos aviões de interceção F-86 Sabre permitiu que a Força Aérea Portuguesa aumentasse a sua capacidade operacional, mantendo-se ao nível tecnológico das suas congéneres europeias à época.
Estes aviões eram o braço armado dos meios ativos de Defesa Aérea, atuando sob o controlo do Sistema de Alerta suportado pelas esquadras de deteção instaladas no território nacional. Embora estivessem limitados inicialmente quer a uma atuação ar-ar diurna, por inexistência de radar de bordo, quer ao armamento interno constituído por seis metralhadoras, receberam posteriormente mísseis ar-ar Sidewinder, garantindo assim a soberania e a defesa do espaço aéreo nacional, gerando um nível de dissuasão requerida no âmbito das esquadras de voo NATO.
Como estratégia preventiva, alguns aviões foram destacados para a Guiné-Bissau, na época território português em África. Sem ameaça aérea, os F-86 Sabre foram utilizados em missões de ataque ao solo e reconhecimento visual.
Anos 60: SA3160 Alouette III
Os helicópteros Alouette III, com mais de cinquenta anos de operação, tornaram-se as aeronaves com o maior período de serviço na aviação militar portuguesa desde a sua criação.
Este helicóptero é, segundo o ponto de vista dos pilotos, uma aeronave extraordinária e extremamente fiável. A sua excelente manobrabilidade permite a realização de um elevadíssimo leque de ações aéreas.
Utilizados inicialmente pela Força Aérea no continente para instrução de pilotos e nos territórios portugueses em África (Angola, Guiné e Moçambique) e Oceânia (Timor), foram insubstituíveis nas missões de transporte logístico, transporte tático, proteção armada, reconhecimento, evacuação sanitária e salvamento.
Pelo elevado número de aeronaves adquiridas, pela operação ininterrupta ao longo dos anos na preparação de várias gerações de pilotos e, fundamentalmente, pelo apoio humanitário e número de vidas salvas, é hoje um ícone no património aeronáutico militar de Portugal.
Anos 70: FIAT G91
Os primeiros FIAT G91 adquiridos por Portugal em 1965 foram construídos pela FIAT Aviazione de Turim (Itália) e eram do modelo R4, equipados com quatro metralhadoras. Foram de imediato destinados aos teatros de operações da África Portuguesa, tendo realizado prioritariamente missões de ataque ao solo e reconhecimento aéreo tático.
No início dos anos 70 foram fundamentais para fazer face ao aumento de capacidade antiaérea dos movimentos de guerrilha independentista na Guiné, Moçambique e Angola.
Posteriormente foram recebidos aviões do modelo R3, equipados com dois canhões, construídos pela fábrica alemã Dornier GmbH. Estes aviões receberam algumas modificações passando a dispor de mísseis ar-ar e novos equipamentos de tiro e navegação.
Com pouca autonomia mas grande versatilidade, foram utilizados intensamente em exercícios no teatro europeu e no Atlântico a partir dos Açores, base nas Lages.
Anos 80: SA330 Puma
A aquisição dos helicópteros SA330 Puma permitiu aumentar significativamente a capacidade de transporte tático da Força Aérea, sendo utilizados de imediato em missões operacionais de ligação, transporte logístico e tático, assim como evacuação sanitária em Angola e Moçambique, então territórios portugueses em África.
Receberam sucessivas modernizações que lhes conferiram a possibilidade de operar com elevado sucesso em ambiente marítimo, garantindo a capacidade de busca e salvamento no extenso espaço marítimo de responsabilidade portuguesa. Para o efeito, operaram com base no Montijo e nas Lajes, Açores.
As condições meteorológicas muitas vezes adversas, as longas distâncias a percorrer para atingir os objetivos sobre o oceano Atlântico imenso, a delicada operação destes helicópteros e a excelente proficiência dos tripulantes, associados aos resultados obtidos nas missões realizadas, em apoio humanitário e salvamento, conduziram ao reconhecimento nacional e internacional, constituindo-se os SA330 Puma como referência lendária.
Anos 90: C-212 Aviocar
Os aviões CASA C-212 Aviocar destinavam-se a operar nos então territórios portugueses em África em missões de transporte aéreo, contudo, a sua chegada no final de 1974 inviabilizou essa utilização.
Para além do transporte aéreo, a frota foi adaptada para poder executar outros tipos de missão, como guerra eletrónica, fotografia aérea, pesquisa de recursos naturais, instrução de navegadores e vigilância marítima.
Esta aeronave teve papel preponderante em missões humanitárias, evacuação sanitária, transporte e ligação inter-ilhas, nos Açores e Madeira. Por mais de duas dezenas de anos foi também utilizado neste tipo de missões em S. Tomé e Príncipe, ao nível da cooperação internacional de Portugal.
Durante mais de três décadas em que esteve ao serviço, foram cumpridas inúmeras missões de lançamento de paraquedistas, para instrução e treino, incluindo saltos a grande altitude de forças especiais.
Em 1993, no âmbito da Fiscalização e Controlo das Atividades da Pesca, foram adquiridas duas aeronaves C-212-300, versão mais recente e destinada prioritariamente à Vigilância Marítima, intensivamente utilizadas no continente, Açores e Madeira.
Século XXI: F-16 Fighting Falcon
A chegada dos novos aviões F-16 Fighting Falcon permitiu que Portugal restabelecesse de forma credível e dissuasora a sua capacidade de defesa aérea, assegurando integralmente as funções de soberania do Estado no espaço aéreo nacional.
A constituição desta nova esquadra de voo transformou a Força Aérea pela tecnologia inovadora envolvida e pelas novas formas de operação e sustentação. Os níveis operacionais atingidos permitiram a participação portuguesa no conflito da ex-Jugoslávia, ainda em 1999.
A rápida evolução dos requisitos operacionais dos teatros de operações emergentes implicou a aquisição de novos aviões F-16, integrados no programa Mid-LifeUpdate (MLU). Para manter a capacidade de combate na dupla vertente de defesa aérea e ataque, a Força Aérea, em colaboração com a OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal, procedeu à modernização das aeronaves recebidas inicialmente, garantindo ao mesmo tempo a existência de armamento ar-ar e ar-solo apropriado e qualidade nos vários sensores.
O nível tecnológico das aeronaves e equipamentos e o desempenho operacional das tripulações ficou internacionalmente reconhecido nas inúmeras missões efetuadas no estrangeiro, caso do policiamento aéreo nos países Bálticos em 2007 e 2014, assim como na Islândia em 2012.
Serão emitidas duas medalhas, a um ritmo trimestral, de acordo com o seguinte calendário:
- Abril 2015 – Primórdios: Caudron G3 e Século XXI: F-16 Fighting Falcon
- Julho 2015 – Anos 20: Vickers Valparaiso e Anos 30: Hawker Osprey
- Outubro 2015 – Anos 40: Supermarine Spitfire e Anos 50: F-86 Sabre
- Janeiro 2016 – Anos 60: Allouette 3 e Anos 70: FIAT G91
- Abril 2016 – Anos 80: SE 330 Puma e Anos 90: C-212 Aviocar
A coleção será comercializada através das lojas INCM e da sua loja online.
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Forma de pagamento
As medalhas serão enviadas via CTT, à cobrança ou mediante pagamento prévio por transferência bancária, à medida que forem sendo disponibilizadas.
Preço de cada medalha: 73,80 €
Preço da coleção completa de 10 medalhas: 664,20 € (oferta da última medalha a ser emitida)